Memórias Perdidas: O canto da ninfa das águas.
Perdido na fronteira dos sonhos encontra-se um mundo povoado por criaturas improváveis e entidades fabulosas, tão antigas quanto a imaginação do Homem. Um oceano de fantasia recortado por continentes onde a Humanidade vive por entre reinos, mitos e lendas, bestas e deuses. E algures nesse mundo, no topo de uma torre de cristal, assumo-me como um guardião que contempla as pequenas estórias que decorrem para lá da reclusão do meu exílio, onde anoto, escrevo e completo a Narração das Memórias Perdidas.
Sentado num velho banco de madeira, o Velho Elias agita a cana com uma das extremidades sobre o chão, riscando contornos e desenhando formas, despertando vozes de espanto e admiração entre os meninos que passarinhavam à volta dele. "Vó Lias, o dragão era assim tão grande? Vó Lias, conta como foi que o monstro devorou a sua perna! É verdade que matou o dragão só com um balde, Vó?..."
O chinfrim das crianças é interrompido quando se ouve uma voz firme. "Ancião, que Ialonus perdoe a minha intrusão!", disse a figura que sai da estrada para se aproximar do grupo. Alto e de semblante temerário, no entanto sem esconder a jovem idade e a óbvia falta de experiência. Alguém doutrinado na arte da aventura ocultaria sempre a bainha da espada sob a capa, evitando assim a curiosidade e cobiça de bandidos ou o desafio inesperado de algum dos duelistas que calcorreiam as velhas estradas. Os olhos do Velho passam rapidamente sobre o jovem de tez clara e olhos azuis, e o ancião sorrindo, pega no cachimbo e responde: "Sim, meu rapaz, aproxima-te.."
-"Desculpe.. apenas pretendo saber se sigo no caminho certo. Quero chegar até à estrada do Leste.."
-"Para as terras selvagens, rapaz?" e o velho leva novamente o cachimbo à boca.. "Pretendes alcançar à Planície Sem Fim?
NOTA: O comment ainda não foi acabado. Apenas publiquei-o para aguçar um pouco a curiosidade.. :)
6 Comments:
És mau!! Isto não se faz. :-P
Vá conta o resto. ;-))
Realmente, isso é maldade.
Estou a ver é que por aqui há talento mais do que suficiente para publicar um livro...
...dás-me um autógrafo?
Eu lá tenho talento para escrever? Faltam-me prática, método e todas aquelas regras de gramática que aprendi há muito tempo, agora esquecidas! Não quero criar falsas expectativas a mim mesmo! :)
Tanta modéstia...
Imaginação, está visto que tens. E quando tiveres dúvidas sobre a "qualidade da tua escrita" lembra-te dos que escrevem "como eh k estás?" (confesso que não domino esta nova forma de escrever...) e reconforta-te por estares uns patamares acima...
Se achas que não sabes escrever, lê um livro (à escolha) da Margarida Rebelo Pinto. E depois conversamos, tá? :-P
Bem.. sou modesto porque conheço algumas das minhas limitações. Tudo o que escrevo é de uma forma naif.. só quando pegar numa gramática e passar a ter mais cuidado com o meu Português.. Mas prometo que a partir de agora, vou me abster desta modéstia! Vou ver ser termino este conto!
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