Mente Dispersa

Fragmentos de ideias. Paixões.
Curiosidades ou banalidades. Sem pretensões.


segunda-feira, agosto 22, 2005

Que situação mais deprimente..

Este pedaço à beira-mar plantado está ressequido, velho e encarquilhado, a arder como nunca ardeu antes.

[80% dos fogos na União Europeia registados nos últimos dias são só na Península Ibérica, gostava de saber que percentagem cabe a Portugal]

Portugal, pátria envelhecida e esquecida pelos seus...

quinta-feira, agosto 18, 2005

Milho Verde (Canção Popular da Beira Baixa)

Milho verde, milho verde
Ai milho verde, milho verde
Ai milho verde, maçaroca.
À sombra do milho verde
Ai à sombra do milho verde
Ai namorei uma cachopa


Milho verde, milho verde
Ai milho verde, milho verde
Ai milho verde, miudinho
À sombra do milho verde
Ai à sombra do milho verde
Ai namorei um rapazinho


Mondadeiras do meu milho
Ai mondadeiras do meu milho
Ai mondai o meu milho bem
Não olhais para o caminho
Ai Não olhais para o caminho
Pois a merenda já lá vêm


O milho da nossa terra,
ai, o milho da nossa terra,
é tratado com carinho.
É a riqueza do povo,
ai, é a riqueza do povo,
é o pão dos pobrezinhos.

Venham mais cinco (Zeca Afonso)

Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá

Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
Dàquém e Dàlém Mar

Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar

A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei

A bucha é dura
Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe


Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar


Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei

quinta-feira, agosto 11, 2005

Xácara das Bruxas Dançando (Luís Represas; João Gil)

Ó castelos moiros, armas e tesoiros
Quem vos escondeu
Ó laranjas de oiro que ventos de agoiro
Vos apodreceu

Há choros, ganidos, à luz das cavernas
Onde as bruxas moram
Onde as bruxas dançam, quando os mochos amam
E as pedras choram

Caravelas, caravelas
Mortas sob as estrelas
Como candeias sem luz
E os padres da inquisição
Fazendo dos vossos mastros
Os braços da nossa cruz
Caravelas

As bruxas dançam de roda
Entre o visco dos morcegos
Dançam de roda raspando
As unhas podres de tojo
Na noite morta do fogo
Como num tambor de ronjo.


terça-feira, agosto 09, 2005

Conclusão:

Estou a precisar de férias de mim mesmo! Estou tão cansado de aturar as minhas noias...

Já não bastava Portugal ser um deserto de ideias, agora vai passar a ser literalmente um deserto... só não vai ter areia como a do Sahara, mas pedregulhos neste país não faltam (tanto literalmente como metaforicamente...)

Pá.. eu perdi o sentido olfactivo, ou pela primeira vez nesta semana que não cheira a queimado nos ares do Porto? Será que já ardeu tudo que havia para arder? Ó senhores incendiários, ao menos deixem alguma vegetação para o próximo ano, senão não têm como satisfazer as vossas tendências pirómanas...

"There is a greater force in the universe than greed: procrastination." - autor desconhecido.

Today was..

a bad, bad day!