Mente Dispersa

Fragmentos de ideias. Paixões.
Curiosidades ou banalidades. Sem pretensões.


sábado, dezembro 31, 2005

Feliz Ano Novo de 2006!!!

* as resoluções do próximo ano ficam para amanhã!

quinta-feira, dezembro 29, 2005

8 dias que faltam para saber (...) Será que consigo? Ou será que não? Esta ansiedade (...)! Tenho de aguentar estoicamente (...) sozinho no fio da navalha!

sábado, dezembro 24, 2005

FELIZ NATAL!!!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Hmm.. Sem novidades, sem nada para contar, sem vontade para escrever o que seja! Só vontade de dormir e sornar muito!

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Um sonho...

Caminho lentamente e sem rumo, pelas ruínas de uma cidade abandonada ao caos e ao breu de uma noite interminável. Passo por ruas e avenidas recortadas por destroços de edifícios destruídos, por entre os quais se movem assustadas, sombras de criaturas miseráveis do que antes seriam humanos. Parecem ser o que resta dos sobreviventes do holocausto que atingira aquela metrópole. Não consigo recordar-me como e porque cheguei àquele degredo de destruição. Sei apenas que tenho de continuar a caminhar por entre este fim do mundo. Que forças terríveis teriam levado a noite descer sobre a cidade trazendo a morte e a infelicidade? O quão impotente se sentiu a população que habitava a cidade? O quão miserável é a vida dos sobreviventes? Não sei. Não quero saber. Tenho de encontrar a saída deste cenário dantesco, antes que a maldade que destruiu aquele lugar volte para terminar o sofrimento daquela gente.

Subo por uma avenida, sentindo que os meus passos são um pouco mais compridos do que seria habitual, como se um sentimento de pânico me invadisse o corpo com uma energia sobre-humana. Sinto que o medo começa também a espalhar-se pelos sobreviventes, os quais começam a erguer-se para uma postura mais humana, como se a vergonha e o desejo de ficarem ocultos fosse ultrapassado pelo instinto de sobrevivência. E com razão! Olho para trás, para lá da linha do horizonte como se a minha vista alcançasse distâncias impossíveis. Vejo uma nuvem prateada a aproximar-se e ouço um ruído agudo, composto por silvos de um animal selvagem. A nuvem parece preencher todo o horizonte à medida que se aproxima da cidade. Petrificado de medo, consigo vislumbrar as criaturas prateadas que preenchem o espaço da nuvem. Essa horda voadora alcança a cidade contornando os obstáculos, prédios e monumentos mais altos, e acaba por alcançar os mais retardatários dos que fugiam.

No momento em que as criaturas aladas descem para as ruas apanhando as suas vítimas, vejo com nitidez os horrores que nos perseguem! Criaturas prateadas e magras, com asas repletas de penas afiadas como lâminas, com um corpo de mulher, retorcido e ressequido, e longos cabelos brancos que caem sobre uma cara esbranquiçada e cadavérica, com olhos tão escuros como a noite que nos rodeia. E apesar do aspecto velho e mortiço, parecem deliciar-se genuinamente como crianças, com a vida que retiram das pobres vitimas que se deixam apanhar. Tenho de fugir! Elas aproximam-se! Viro-me de volta na direcção que tomara antes, e corro, corro mais do que o meu fôlego me permite. Dou passadas largas, suficientes para atravessar ruas em poucos segundos, apercebo-me que sou capaz de saltar obstáculos tão elevados quanto o de pequenas casas, ganho uma velocidade e ultrapasso todos os miseráveis que fogem, deixando-os para trás para o seu fim certo.

Mas a cidade não termina, não há maneira de chegar aos seus limites, edifícios e mais edifícios, ruas e praças, por mais que me esforce não parece que consiga aumentar a distancia da horda que me persegue atrás. O peso das minhas pernas aumenta por cada passada larga, por cada salto que dou. Quem sabe se me esforçar consiga-me elevar por cima daquele labirinto de prédios e monumentos. Num ultimo esforço deixo-me levar pela inércia do meu ultimo salto voando sobre os telhados daquela cidade miserável, e ao longe para lá dos limites da cidade, vejo um mar cuja linha do horizonte parece deixar escapar os últimos vestígios de um pôr do sol… LUZ! De repente sinto um calor a invadir os meus sentidos e todas as forças que tenho são reunidas num último salto! Desço para me preparar para esse momento e… o chão sobre os meus pés cede com a força que tento fazer para me impulsionar nos ares, resultando numa trajectória inclinada e demasiado baixa, acabando por me fazer colidir contra um edifício ali perto.

Desastre. Não consigo perceber se estou magoado. Não importa pois a horda aproxima-se rapidamente. Vejo ao meu redor as pessoas a fugirem por entre os escombros e as malditas hárpias a gritarem aquela cacofonia de sons estridentes. Por uns instantes sinto que a minha resignação parece ter resultado na indiferença das criaturas, mais preocupadas em perseguirem aquelas vitimas que ainda correm, deixando para trás os moribundos feridos pelas quedas que as Hárpias, malevolamente provocavam quando capturavam alguém. Então o meu corpo parece retornar à vida, e uma dor intensa enche-me os pulmões fazendo-me gritar de forma lancinante. De súbito, as criaturas aladas ao redor, param, e viram-se todas na minha direcção. Fez-se um silêncio, como um prenúncio de algo muito desagradável prestes a acontecer.

É então que elas soltam enormes gargalhadas de pura maldade, e as suas caras parecem brilhar por terem finalmente encontrado aquilo que queriam: “Apanhamos-te! Estávamos enganadas quando chegamos pela primeira vez a esta cidade nojenta, mas sabíamos que acabarias por passar por aqui! Estás perdido, desgraçado!”. Não entendo. O que pretendem elas de mim? Quem sou eu para que toda aquela maldade me persiga, destruindo tudo e todos somente para me matarem? Tudo isto como se fosse um pesadelo. Um sonho horrível. Um sonho… O meu sonho! Os meus demónios! Os meus receios! E se é um sonho então não tenho que ter medo. Nem sentir dor. E erguer-me do chão pois não tenho nada magoado. E virar-me para aquelas criaturas infernais permanecendo calmo. “Julgas que nos podes desafiar? És um tolo se acreditares nisso!” gritam as mulheres, enfurecidas!

Sorrio. As hárpias gritam de raiva e, de forma desenfreada, sobem pelos ares, para desferirem um golpe na minha direcção. Fecho os olhos e sinto tudo à minha volta a esbater-se, o sonho a terminar. O silêncio rodeia-me. Certamente a conclusão do meu sonho. A paz e a satisfação de finalmente poder continuar o meu sono, é só deixar apagar os últimos traços visíveis daquela cidade e das suas criaturas.

“Solta o teu demónio!” uma voz quebra o silencio deixando-me em suspenso na imagem esbatida do meu sonho. “Enfrenta os teus medos! Solta o teu demónio!” insiste a voz. “SOLTA O TEU DEMÓNIO, COBARDE!” grita a voz, deixando-me aterrado e ao mesmo tempo espantado! As imagens do sonho regressam mais nítidas do que nunca, com as hárpias prestes a desferir o ataque e eu de pé, enfrentando-as. Mas já não estou mais calmo, pois sinto um calor a crescer dentro de mim, remexendo as minhas entranhas, ao mesmo tempo que o profundo do meu ser é inundado por um vermelho de raiva. Como se toda a fúria do caos que antecedeu a criação do Universo estivesse contida num pensamento e se materializasse na carne do meu corpo, distorcendo-o, fazendo os meus olhos tornarem-se vermelhos de sangue, a minha face assumindo uma imagem grotesca, e a minha massa muscular crescendo de forma descontrolada. Sinto-me a crescer, a transformar-me num monstro em tamanho e agressividade, de uma fúria contida mas cada vez mais descontrolada.

E nesse momento, em que parece que não tenho mais forças para aguentar o acumular da raiva, na pouca racionalidade que me resta, vislumbro a cara de pânico e de profundo terror nas faces encarquilhadas das hárpias! O Mal vislumbrara o Caos. E agora fugia! “Não as deixes escapar. Solta toda a tua força. AGORA!” – a voz regressa com uma última ordem. Ouço um som de trovão, e sem qualquer hesitação, largo toda a minha fúria, para além de todas as concepções de ordem e caos, de bem e mal, sentindo apenas toda a energia a fluir numa enorme explosão de luz. E tudo é devastado. A cidade e os seus edifícios, os feridos, os moribundos e os restantes sobreviventes, e as hárpias, até mesmo aquelas que se aperceberam desde cedo o que iria acontecer e tentaram fugir.

Tudo acabado. Silêncio. Não tenho a noção do tempo. Acordo numa superfície negra, lisa e espelhada. Toco no chão e olho em redor, a superfície estende-se por kms até ao longe onde termina numa praia de areia de vidro. A praia! Mas a cidade..? Teria a força da explosão alisado o chão da cidade? Não tive tempo de pensar. Estava esgotado quando reparo ao longe numa sombra que se aproxima. E não passava disso, de uma sombra, de uma figura com forma de homem, mas com a consistência e a cor do chão, um homem todo ele negro, sem face, sem cabelo, sem nada que o fizesse identificar como humano, para além da sua forma. Apesar disso, a figura faz-se entender por uma voz etérea, sem uma origem que se pudesse identificar. “Admirado? Isto que fizeste é apenas uma fracção do que podes alcançar. Os teus medos são como areia ao vento. Tu és o furacão. E no entanto, continuas admirado, o que é uma pena.” – afirma o homem para mim. “Como podia eu ter feito isto? Afinal acabei por destruir toda a cidade!” – respondi. “Falas daqueles miseráveis que mataste? Eles já se encontravam mortos pelos teus medos. Fazem parte da história, do teu passado”

-“Mas quem és tu afinal? O que és tu? Porque fizeste isto tudo?” – gritei enfurecido pelo escárnio que senti daquela figura negra. “Eu sou a ambição. A tua ambição. Negra como a escuridão para onde tu me atiraste.” – sorriu a figura, ou pelo menos, parecia pelos trejeitos das feições quase indistintas da cara plana. “Mas não fui eu que te empurrei para o holocausto desta cidade. Foi a tua raiva, a tua frustração, o demónio que fizeste crescer dentro de ti. Eu apenas sugeri que abrisses os portões que continham toda a tua força. Coisa que a tua fraca confiança parecia incapaz de fazer. Sabes, é que eu também sou o egoísmo e o ego, e não poderia deixar que aquelas bestas, aqueles medos te transformassem num cobarde resignado.”

-“Mas tudo, tudo foi destruído! É a minha ambição? Para este caminho que o egoísmo me leva? Para uma solidão no meio deste lugar desolador” perguntei.

- “Idiota! A maldade não se reflecte somente na ambição e no egoísmo! O altruísmo pode estar contaminado pela vaidade! Enfim, quantas qualidades humanas que num ápice se tornam em perversões! Pouco me importa isso! O que me interessa é que eu consegui aquilo que pretendia! Assisti ao que a tua força pode concretizar! Descobri que afinal podes derrotar os teus medos, e atingir aquilo que pretendes! Deixar-te-ei sozinho a remoer esse demónio que soltaste, mas estarei por perto a observar-te. Não vou deixar que me atires novamente para o fundo do poço, pois não voltarei a erguer-te.” – exclama a figura. “Pouco importa a solidão que sintas, só tu podes recuperar a confiança do teu ego. Mais ninguém! Agora vai-te! Já fiz demasiado por ti… Vai-te…” – ordena a Ambição, pouco antes de o sonho se esbater até à escuridão completa do vazio do sono.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Eu associo diferentes emoções a períodos distintos da minha vida. O que eu era e sentia em 2003 (por exemplo) distancia-se um pouco do que sou neste exacto momento. E se por um acaso, sinto um cheiro marcante do passado, um barulho ou música que presenciei em outros tempos, algo dentro de mim reproduz as emoções e o estado de espírito desse período, fazendo com que todos os problemas e questões que me preocupam actualmente, percam a sua importância numa linha temporal mais alargada de experiências vividas. É um truque que uso, pois frequentemente a minha memória e as minhas emoções guardadas mais presentes são as de um espaço de um ano. Assim sempre que pretendo analisar uma situação de um ponto de vista mais racional, procuro um cheiro, cor, fotografia ou som que me faça sentir numa outra época com outros conceitos e pontos de vista enterrados na minha psique. E por isso que também designo certos estados de espíritos pelo ano em que esses estados mais foram marcantes. O ano de 95 corresponde à minha confiança e idealismo exacerbados, o ano de 2002 para a desilusão e impotência, o ano de 92 para o sofrimento causado por uma perda, o ano de 89 para a descoberta de uma vocação, e assim por adiante. O nosso cérebro é, talvez, o único veiculo pelo qual poderemos desafiar as leis de Física, e assim dessa forma, viajar por entre as nossas recordações, percepções flexíveis de uma realidade objectiva, mas distante da nossa total compreensão.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Hoje comemoram-se 27 Anos de disparates e tropelias de um enfant terrible!!!! :-)

E é só isto que escrevo hoje, pois tenho de sair já-já!!!

Tchau!!!!

domingo, dezembro 11, 2005

Agh..! A minha barriga!!!! gghhh...

* Pela boca morre o peixe.

sábado, dezembro 10, 2005

Italiano logo à noite!

Ena! Tenho programa para hoje à noite! Jantar da "malta-buzina" num restaurante italiano em Leça. Mais um da minha já extensa lista de restaurante italianos que tive a oportunidade de frequentar. Venham elas: pastas, massas, pizzas, lasanhas! Venham todas a mim que eu vos mostrarei o céu da minha boca! Yham, yham, chlep!! Alguém que queira fazer-me companhia na degustação de paladares mediterrânicos? Ninguém? Não faz mal, é mais que fica só para mim para eu comer, e comer, e comer…

Devaneios

As insónias têm, pelo menos, a vantagem de nos despertar para o silêncio que nos rodeia durante a noite. E como é bom esse silêncio neste mundo ruidoso e frenético! Muitas pessoas sentem-se inseguras nesse mundo e correm, correm para todos os lados, em todas as direcções. Outras, como eu, param, pensando na vida, ou muitas vezes, apenas contemplando o mundo da lua.


Se as pessoas repetirem várias vezes que eu sou louco, serei mesmo um louco? Enquanto eu tiver essa dúvida, é sinal que ainda não me tornei num deles.


Há quem sonhe que é capaz de voar, eu sonho que caminho com os 4 membros como um lobo, que trepo às paredes como uma osga e que salto prédios como se fosse uma rã gigante. Acordo com arrepios! Acreditem! Mas isso ainda não bate o sonho que tive recentemente, em que eu era um ciborgue com um enorme canhão montado no meu peito, e que destruia um complexo de laboratórios, de salas e paredes falsas, desesperadamente à procura do… meu cérebro! Brutal…


Existem pessoas que afirmam serem incapazes de sonhar, ou pelo menos, de não conseguirem lembrar-se de um único sonho. O facto interessante que reparei, é que essas pessoas são, na sua maioria, pessoas extrovertidas ou com uma vida social intensa. Será que os sonhos são domínio das criaturas introvertidas!? Uma conclusão nada científica, mas que faz todo o sentido.


Gosto de ser do contra, mesmo quando não tenho razão. Mas desisto facilmente quando não tenho argumentos sólidos para contrariar. Só detesto ser lambe-botas e graxista, não tenho jeito nenhum para isso. Acho se que eu tivesse melhores capacidades sociais nessa área, teria subido muito depressa na minha área profissional.

terça-feira, dezembro 06, 2005

só tive tempo...

...para postar e informar que estou com uma constipação daquelas!!! ATCHIM! Eu só quero é caminha e dormir... Cof.. Cof..

domingo, dezembro 04, 2005

Did I Ever tell you about the man who taught his asshole to talk?
by William S. Burroughs

Did I ever tell you about the man who taught his ass to talk? His whole abdomen would move up and down you dig farting out the words. It was unlike anything I had ever heard.

"This ass talk had sort of a gut frequency. It hit you right down there like you gotta go. You know when the old colon gives you the elbow and it feels sorta cold inside, and you know all you have to do is turn loose? Well this talking hit you right down there, a bubbly, thick stagnant sound, a sound you could smell.

"This man worked for a carnival you dig, and to start with it was like a novelty ventriliquist act. Real funny, too, at first. He had a number he called "The Better 'Ole' that was a scream, I tell you. I forget most of it but it was clever. Like, "Oh I say, are you still down there, old thing?'

"'Nah! I had to go relieve myself.'

"After a while the ass start talking on its own. He would go in without anything prepared and his ass would ad-lib and toss the gags back at him every time.

"Then it developed sort of teeth-like little raspy in- curving hooks and start eating. He thought this was cute at first and built and act around it, but the asshole would eat its way through his pants and start talking on the street, shouting out it wanted equal rights. It would get drunk, too, and have crying jags nobody loved it and it wanted to be kissed same as any other mouth. Finally it talked all the time day and night, you could hear him for blocks screaming at it to shut up, and beating it with his fist, and sticking candles up it, but nothing did any good and the asshole said to him: 'It's you who will shut up in the end. Not me. Because we don't need you around here any more. I can talk and eat AND shit.'

"After that he began waking up in the morning with a transparent jelly like a tadpole's tail all over his mouth. This jelly was what the scientists call un-D.T., Undifferentiated Tissue, which can grow into any kind of flesh on the human body. He would tear it off his mouth and the pieces would stick to his hands like burning gasoline jelly and grow there, grow anywhere on him a glob of it fell. So finally his mouth sealed over, and the whole head would have have amputated spontaneous- except for the EYES you dig. That's one thing the asshole COULDN'T do was see. It needed the eyes. But nerve connections were blocked and infiltrated and atrophied so the brain couldn't give orders any more. It was trapped in the skull, sealed off. For a while you could see the silent, helpless suffering of the brain behind the eyes, then finally the brain must have died, because the eyes WENT OUT, and there was no more feeling in them than a crab's eyes on the end of a stalk.

sábado, dezembro 03, 2005

* Fartei-me de rir quando encontrei este velhinho texto, perdido algures nos arquivos mais antigos do meu computador!


sou adorável e muito querido

por vezes tímido e ingénuo

mas também expansivo e brincalhão

petulante mas convicto

rude e no entanto honesto

e ao mesmo tempo trengo e habilidoso

tolo, o suficiente para ser engraçado

firme, o bastante para ser sério

sempre otimista, à espera do melhor

sempre pessimista, atento ao pior

às vezes sólido como uma rocha

outras, frágil como um ramo seco

ajo pelo impulso e pela razão

sou pragmático para conseguir viver

vivo para sonhar

Maracatu Atómico (1 de 2)

O prazer de viajar permite que o espírito se abra a novos horizontes e experiências, nas quais se podem destacar a descoberta de novas sonoridades. E a cidade maravilhosa, que transpira música por todos os poros, é o lugar ideal para se apurar o ouvido a elementos musicais que reflectem uma realidade bipolar de vem do profundo ser de cada um, da crueldade da pobreza das favelas até à beleza natural da cidade, ainda que ferida, mas abençoada pelo Cristo Redentor.

E não duvido que a música seja um curativo para a verdade crua da vida, e quanto aquela cidade é um paradoxo perdido nos problemas da vida, mas muito próxima do que poderia ser um paraíso na terra. Ou pelo menos assim me parecia, lá de cima, no Corcovado…

Acabei por regressar a Portugal ainda com a batida do samba, da bossa-nova, mpb (aquilo que eles designam como música popular Brasileira) e de outros estilos ainda ressoando na minha cabeça. Já conhecia os grandes Elis Regina, Tom Jobim, João Gilberto e Caetano Veloso, mas só estando lá se pode respirar a verdadeira essência dessa música.

Ficou um gostinho especial por Bossa-Nova, e por um acaso, foi aqui na Europa que descobri uma nova vertente da música brasileira: o brasilectro. Um mp3 que acidentalmente me caiu nas mãos, e a partir do qual surgiu uma nova paixão musical. Esse som comportava os elementos conhecidos e tradicionais do samba, da bossa nova, com as batidas e sonoridades electrónicas tipicamente europeias, juntando uma voz bela e quente de uma brasileira radicada na Holanda, ao talento de dois músicos europeus. Essa banda, que pelos vistos é pouco conhecida no Brasil, chama-se Zuco 103 e tem como vocalista Lilian Vieira, uma linda e carismática mulata com uma voz interessante!

(continua)

quinta-feira, dezembro 01, 2005

1 ANO!

1 Ano de Mente Dispersa!
Tanto que aconteceu, e o muito que está ainda para vir! E o tempo que não chega para tudo! Ano passado estava ansioso por começar uma aventura, agora preparo-me para outra!

* aprendi que uma mente dispersa não pode ficar parada!